Tirando a tradição, sobrou pouco. França e Uruguai estrearam na Copa da África do Sul nesta sexta-feira, mas esqueceram no vestiário o status de campeões mundiais. O jogo arrastado e repleto de erros no estádio Green Point, na Cidade do Cabo, terminou com o placar que mereceu: 0 a 0. Cercados de desconfiança às vésperas da competição, franceses e uruguaios abriram os trabalhos fazendo muito pouco para mudar a opinião de suas torcidas. Nem Thierry Henry e Loco Abreu, lançados na fogueira do segundo tempo, conseguiram salvar as pátrias.////// Talvez esteja na Copa do Mundo a maior oportunidade que as pessoas encontram de demonstrar o amor por seu país. Mas em um futebol cada vez mais globalizado, é comum vermos atletas defendendo bandeiras que não exatamente das suas nações de origem. Neste Mundial da África do Sul, apenas oito seleções são 100% nacionais, ou seja, formadas exclusivamente por jogadores naturais de seus países. E a equipe comandada por Dunga está entre elas.
As favoritas Inglaterra e Espanha, as também europeias Dinamarca, Eslováquia e Grécia, além de Uruguai e Honduras, completam o grupo dos países livres de estrangeiros em seus elencos.
E não é à toa que o Brasil é chamado de país do futebol. Além desse fato, nosso país cede nesta Copa mais seis atletas para quatro seleções diferentes. Os maiores herdeiros são os portugueses, que contam com três brasileiros na equipe. O zagueiro Pepe, o meia Deco e o atacante Liedson, o mais recente a se naturalizar lusitano, são os nomes do time treinado por Carlos Queiroz.O Brasil tem representantes ainda na Alemanha (Cacau, atacante do Sttutgart), Japão (Marcus Túlio Tanaka, volante do Nagoya Grampus) e Estados Unidos (Benny Feilhaber, meia do Aarhus, da liga dinamarquesa). O nipo-brasileiro Marcus Túlio foi o responsável pela dura entrada em Didier Drogba, da Costa do Marfim, em amistoso realizado no último dia quatro. Por conta deste acidente, o atacante do Chelsea ainda é dúvida para a estreia contra Portugal.
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