sábado, 22 de janeiro de 2011

Estou vivo e estou bem !

O enfermeiro Rodrigo Lessa é agora conhecido entre os colegas de trabalho como "ghost" ("fantasma", em inglês) e "fantasminha camarada". Tudo por conta de um mal-entendido que o fez "ressuscitar".Na madrugada do último dia 12, o nome do jovem de 30 anos apareceu na lista de sepultados da tragédia provocada pelas chuvas em Teresópolis, na Região Serrana do Rio. A relação foi divulgada pela prefeitura da cidade e reproduzida por meios de comunicação. Foi então que começou a confusão.Assim que o sinal de telefonia celular foi restabelecido na região, Rodrigo conta que passou a receber ligações de amigos e parentes querendo confirmar informações sobre a morte e até mesmo sobre o enterro.No dia seguinte, ao chegar para mais um dia de trabalho no Hospital São José, Rodrigo foi recebido com perplexidade pelos colegas de trabalho, que também choravam sua morte. Lá ficou sabendo que seus supervisores foram até ao IML, onde foram informados que o caixão com o corpo do então falecido Rodrigo Lessa já tinha sido despachado para o cemitério municipal Carlinda Berlim.“Quem não me viu e não conseguiu falar comigo pelo telefone ficou em estado de choque quando apareci. Ficaram me olhando e tentando acreditar que era eu mesmo”, diz o enfermeiro, revelando que teve seus 15 minutos de fama no hospital quando todos queriam tocá-lo e confirmar que ele não havia morrido.Rodrigo é o número 199 da lista de sepultados .Em uma pesquisa pelas redes sociais e em escolas da cidade, ele não encontrou nenhum outro Rodrigo Lessa. Ainda na tentativa de esclarecer o fato, ele foi à delegacia e ao IML novamente, mas recebeu a informação que seu nome não constava naquelas listas de óbitos.Rodrigo relatou sua história da seguinte maneira:Meu nome é Rodrigo Lessa, tenho 30 anos, sou enfermeiro e moro no bairro do Campo Grande - Teresópolis. Meu nome foi publicado em sites e jornais,  numa lista de mortes confirmadas na tragédia que assolou a Cidade de Teresópolis. Pode ser um engano ou um homônimo, o que acho difícil aqui onde moro, mas, mesmo assim, gostaria de informar a todos conhecidos e famíliares que estou vivo e estou bem. Mando uma foto pra não haver mais engano. Muito Obrigado!”

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