quarta-feira, 25 de maio de 2011

Teatro Trianon 90 anos de história e tradição

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Cine Teatro Trianon, que foi inaugurado no dia 25 de maio de 1921. O Trianon era formado de 156 frizas, 554 cadeiras na platéia, 290 balcões, 38 camarotes e 610 gerais para comportar 1.800 espectadores. A coxia tinha 25 camarins, sendo que dois muito luxuosos, para os artistas de maior renome. O Trianon contava com um moderno sistema de coxias, onde era feito o movimento do palco. A iluminação geral era movida pela eletricidade, tendo para isto uma instalação própria, construída por um motor Fairbank-Morse de 47 HP e um dínamo de força de 217 amperes.Toda essa obra foi custeada pelo Capitão Francisco de Paula Carneiro (ou Capitão Carneirinho, como era conhecido).A inauguração foi marcada para às 18h30 do dia 25 de maio de 1921. E o Capitão Francisco de Paula Carneiro foi conduzido de sua residência à Rua 13 de Maio, esquina com Saldanha Marinho, por enorme massa popular, acompanhada pelas quatro bandas de música da cidade: Lira de Apolo, Lira Conspiradora, Lira Guarani e Sociedade Musical Operários Campistas. espetáculo de estréia aconteceu no dia 29, com a apresentação da “A Duqueza de Bal-Tabarin”, da Companhia Esperanza Iris, que era das mais conceituadas no mundo inteiro.NA CALADA DA NOITE A DEMOLIÇÃO


No dia 27 de junho de 1975 a população campista acordou e não mais encontrou aquele imponente prédio, casa de sonho e fantasia, memória artístico-cultural de cinco décadas, pois sua demolição já havia sido consumada na calada da noite. Dias antes, no dia 17 de junho, a Associação Norte Fluminense de Engenheiros e Arquitetos tinha enviado ao Prefeito José Carlos Vieira Barbosa um veemente protesto tentando sensibilizá-lo para que ele fizesse alguma coisa para impedir que aquele patrimônio histórico caísse nas mãos de especuladores insensíveis e inescrupulosos.Porém, foi tudo em vão. Algumas instituições se mobilizaram e começaram a cobrar da instituição Bradesco o cumprimento do Decreto-Lei nº 7.959 de setembro de 1945, que dizia: “todas as entidades que descaracterizarem, demolirem ou despersonalizarem uma casa de espetáculos teatrais estariam obrigadas a construírem uma similar”.A Fundação Bradesco não se intimidou com a legislação, se negando a cumprí-la, alegando falta de recursos, até que em 1989, o então Prefeito Anthony Garotinho, numa bem-sucedida investida, consegue uma doação no valor de US$ 1.000.000 (um milhão de dólares) para o início da obra do novo Trianon. Os engenheiros responsáveis pelo novo Trianon foram Roosevelt de Oliveira Batista e o arquiteto José Luís Maciel Púglia, (havia sido feito um projeto anterior pelo arquiteto Oscar Niemeyer, só que não dispunha de recursos para a execução da obra).


 Escolhido uma área de 10 mil metros quadrados na Rua Marechal Floriano, onde começou a obra com cerca de 180 homens que trabalhavam das 07h às 22h. A obra durou cerca de sete anos para ficar pronta e foi inaugurado no dia 31 de julho de 1998, reunindo um público de mil convidados, tendo o palco sido inaugurado pela Companhia de Dança de Deborah Colker. A primeira peça teatral apresentada foi “Brasileiro, Profissão Esperança”, tendo como atores Bibi Ferreira e Gracindo Júnior, seguido de “Artemis”, episódio lírico de Alberto Nepomuceno, com textos de Coelho Neto, produzido pelo Centro Cultura Musical de Campos.

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