A Polícia Federal divulgou nesta sexta-feira (14) uma lista com 38 faculdades de todo o país onde foram constatadas a atuação de grupos criminosos fraudando ou tentando fraudar vestibulares de medicina. Segundo a polícia, em vários vestibulares as instituições deram apoio para impedir que os criminosos tivessem êxito nas fraudes.Segundo a PF, 51 pessoas foram presas em vários estados do Brasil e no Distrito Federal.Do total de prisões até agora, 18 foram em Goiás; 9 em Minas Gerais; 5 no Rio de Janeiro; 5 em São Paulo; 4 no Distrito Federal; 4 no Rio Grande do Sul; 3 no Tocantis; 2 no Espírito Santo e 1 no Acre. Operação Calouro foi deflagrada na quarta-feira (12), quando 7 líderes de 7 quadrilhas que fraudavam vestibulares de medicina pelo país foram presos. Segundo a PF, o valor das vagas girava em torno de R$ 45 mil a R$ 80 mil. A Justiça expediu 70 mandados de prisão, ou seja, 19 pessoas ainda estão foragidas. A PF informou que ainda divulga balanços parciais, por não ter chegado ao fim da operação e porque o delegado ainda vai decidir os tipos de prisão, a partir do caso de cada detido.Esquema
O esquema funcionava de duas maneiras. Na mais simples, uma pessoa envolvida na quadrilha falsificava documentos e fazia a prova no lugar do verdadeiro candidato. Essa pessoa que realizava a prova quase sempre era um aluno de medicina com boas notas na faculdade.
Na outra modalidade, um membro da quadrilha fazia a prova rapidamente e saía da sala. De posse do gabarito, conferia o resultado e passava as informações por meio de uma escuta eletrônica ou por celular para o candidato.Indiciados
A polícia vai indiciar os estudantes que recorreram às quadrilhas. O foco nos alunos, no entanto, fica para a segunda fase da operação, após encerrada a investigação sobre os membros da quadrilha.
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