O Palácio do Planalto trabalha com duas semanas de folga entre a agenda positiva da redução da conta de energia e a agenda negativa do aumento dos combustíveis.
Pelo calendário palaciano, o aumento sairá depois da reunião do Conselho de Administração da Petrobras, marcada para acontecer no dia 4 de fevereiro. A expectativa é que o aumento será maior do que os 5% das projeções registradas pelo Banco Central na ata do Copom.
Tudo o que o Planalto não queria é que o reajuste da gasolina fosse anunciado na semana do pronunciamento de Dilma em cadeia nacional de rádio e televisão. Mas há o reconhecimento no governo de que é necessário o aumento dos combustíveis.
Para capitalizar politicamente a redução do preço da energia, Dilma negou-se a falar sobre o reajuste dos combustíveis ao ser questionada na quinta (24) por jornalistas. Nas palavras de um interlocutor, a pergunta sobre o tema foi recebida no Planalto como uma provocação.
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